Ricardo Murad diz que pensou na governabilidade ao retirar candidatura

SÃO LUÍS - O deputado estadual Ricardo Murad (PMDB) retirou, no início da tarde desta segunda-feira (31), a sua candidatura à presidência da Assembleia Legislativa do Maranhão. A renúncia foi feita após deputados do Bloco União Democrática - o "Bloquinho" da base governista -, com 17 integrantes, defenderem a candidatura do decano da Assembleia, deputado Arnaldo Melo (PMDB), tendo o apoio de deputados estaduais da oposição, o que quebrou o consenso entre os governistas.

A eleição de Murad estava praticamente certa até o fim de semana passada. De sábado (29) para hoje, o cenário mudou. Primeiro foi o anúncio da candidatura de Manoel Ribeiro (PTB) para a presidência, mas que não mudou muito o cenário. Hoje, a união do "Bloquinho" com a oposição, defendendo o nome do deputado Arnaldo Melo, que, em uma disputa com Murad, acabaria ganhando pela maioria dos votos dos dois blocos unidos e por ser o decano, em caso de empate.

De acordo com Murad, em entrevista no Palácio dos Leões, a decisão foi a mais acertada, em nome da governabilidade. "Minha candidatura nasceu com o compromisso de união da base do governo e do consenso na Assembleia. Se não há condições deste consenso, então anuncio, oficialmente, minha retirada", disse o deputado.

Quem retirou o nome da composição da mesa-diretora, também, foi o deputado estadual Carlos Filho (PV), que estava certo na 1ª Secretaria. Um dos desentendimentos entre o Bloco do Governo e o "Bloquinho" foi, justamente, o nome de Carlos Filho para o cargo, de interesse, também, do colega de partido Edilázio Júnior.

A eleição para a presidência da Assembleia Legislativa será realizada nesta terça-feira (1º), por volta das 11h30, após a posse dos deputados eleitos em 2010.

Na Argentina, Dilma reforça defesa dos direitos humanos

A presidente Dilma Rousseff chegou às 12h18, horário local, na Casa Rosada, sede do governo argentino, onde já era esperada por representantes das Mães e Avós da Praça de Maio.

"A Argentina é um exemplo para o Brasil no campo de direitos humanos, na sua busca de desaparecidos da ditadura militar", afirmou Estela de Carlotto, presidente da associação.

Dilma chegou acompanhada de oito ministros. Foi recebida pela presidente argentina Cristina Kirchner, que lhe deu um abraço carinhoso no Salão Branco da Casa Rosada, destinado às recepções oficiais. Em seguida, Dilma e Cristina se dirigiram para um encontro reservado, enquanto os ministros brasileiros começaram uma reunião paralela com seus colegas argentinos.
A reunião com as Mães e Avós da Praça de Maio aconteceria logo após a reunião privada entre as duas presidentes. Segundo Estela de Carlotto, pelo fato de Dilma ter sido "vítima da ditadura brasileira", ela "sabe bem do que fala quando propõe revisar a história, fazer justiça e impor a verdade".

Segundo assessores de Dilma, um dos objetivos de sua viagem à Argentina, a primeira oficial ao exterior desde que tomou posse, é enfatizar a sua política de defesa de direitos humanos. A presidente brasileira tem dito que irá condenar qualquer desrespeito aos direitos humanos no mundo, seja em que país eles acontecerem.

Dilma chegou acompanhada dos ministros Antonio Patriota (Relações Exteriores), Nelson Jobim (Defesa), Fernando Pimentel (Desenvolvimento, Indústria e Comércio), Paulo Bernardo (Comunicações), Aloizio Mercadante (Ciência e Tecnologia), Mário Negromonte (Cidades), Márcio Zimmermann (Minas e Energia) e Iriny Lopes (Direitos das Mulheres).

Após o encontro com as Mães e Avós da Praça de Maio, Dilma assinaria, numa reunião conjunta com a presidente argentina e os ministros dos dois países, cerca de 15 acordos. Entre eles, o que prevê a construção de um reator de pesquisa nuclear.

Depois dessa reunião, Dilma e Cristina Kirchner fariam um declaração conjunta à imprensa, seguindo para um almoço no Palácio San Martín, sede do ministério das relações exteriores local.

Fotos mostram índios isolados no Brasil

Novas fotos obtidas pela Survival International mostram índios isolados no Brasil, perto da fronteira com o Peru.

As fotos foram tiradas pela Funai (Fundação Nacional do Índio), que autorizou a Survival utilizá-las como parte de sua campanha para proteger o território dos índios isolados.

Elas revelam uma comunidade próspera e saudável com cestos cheios de mandioca e mamão fresco cultivados em suas roças.

A sobrevivência da tribo, no entanto, está em sério perigo por causa da entrada de madeireiros ilegais que estão invadindo o território dos índios isolados no lado peruano da fronteira. As autoridades brasileiras acreditam que o influxo de madeireiros está empurrando índios isolados do Peru para o Brasil.

A Survival e outras ONGs estão fazendo uma campanha há anos para que o governo peruano aja de forma decisiva para impedir a invasão.

No ano passado, uma organização dos EUA --Upper Amazon Conservancy-- realizou o último de vários sobrevoos do lado do Peru, revelando mais evidências de extração ilegal de madeira em uma área protegida.

"Tem que cuidar e proteger o lugar onde os índios moram, pescam, caçam e plantam. Por isso é útil mostrar as imagens dos isolados, para o mundo inteiro saber que eles estão lá na floresta deles e que as autoridades devem respeitar o direito deles de morar lá", disse o líder indígena Davi Kopenawa Yanomami.

José Carlos dos Reis Meirelles, sertanista da Funai no Acre, disse que são povos meio desconhecidos. "É difícil convencer até o próprio Estado que eles existem. A partir disso, você demarcar um território maior para eles já é uma dificuldade --é um desafio porque você vai mexer com um monte de interesses. E o segundo desafio é manter realmente essa terra isenta de interferência externa."

O diretor da Survival, Stephen Corry, disse que os madeireiros ilegais irão destruir a tribo. "É vital que o governo peruano os pare antes que seja tarde demais. As pessoas nestas fotos são evidentemente saudáveis e prósperas. O que elas precisam de nós é que o seu território seja protegido, de modo que elas possam tomar suas próprias decisões sobre seu futuro. Mas essa área está agora em risco real, e se a onda de extração ilegal de madeira não parar logo, elas não terão controle sobre seu futuro. Isso não é apenas uma possibilidade: é história irrefutável, reescrito sobre os túmulos de inúmeras tribos nos últimos cinco séculos."

A organização indígena da amazônia peruana Aidesep emitiu uma declaração sobre o assunto: "Nós estamos profundamente preocupados com a falta de ação das autoridades, apesar das reclamações do Peru e de fora contra o desmatamento ilegal, nada foi feito."

Proprietária vai à Justiça para tirar João Gilberto de imóvel


MARCELO BORTOLOTI
DO RIO
*Folha.com

O músico João Gilberto, que completa 80 anos em junho, está sendo despejado do apartamento onde mora no Leblon, zona sul do Rio.

O pedido judicial foi feito pela dona do imóvel, a condessa Georgina de Faucigny Lucinge Brandolini d'Adda.

Segundo seu advogado, ela quer o apartamento de volta em razão do comportamento excêntrico do cantor, que não permite a entrada de ninguém no imóvel.

A gota d'água foi o fato de ter colocado restrições ao acesso de pedreiros que iriam consertar uma janela.

"A proprietária é uma pessoa de posses, e não depende deste aluguel para sobreviver. Ela achou um desaforo o inquilino se apropriar desta forma do apartamento, onde passou parte da sua vida", afirma o advogado Paulo Roberto Pereira Mendes.

Georgina de Faucigny mora na Itália e é casada com Ruy Brandolini d'Adda, que tem título de conde e é um dos acionistas da Fiat.

O músico baiano aluga o local há 15 anos, e a vigência do último contrato venceu em julho do ano passado.

A ordem de despejo é fundada em denúncia vazia, instrumento que permite ao proprietário pedir o imóvel de volta sem alegar motivo.

A partir do momento em que receber a notificação, o músico tem 15 dias para dizer se vai acatá-la ou refutá-la.

João Gilberto é conhecido por viver recluso e deixar pouco o apartamento. Ele costuma pedir suas refeições por telefone e recebe poucas visitas. Quando sai de casa, sempre de taxi, pede que o carro entre na garagem.

O cantor, que não tem assessoria de imprensa e rompeu com seu empresário, não atendeu as ligações da Folha. Sua filha, Bebel, não quis comentar o assunto.

Segundo o advogado da proprietária, as negociações para que João Gilberto entregasse o imóvel começaram há seis meses. Em princípio ele havia aceitado deixá-lo, mas, em dezembro, avisou que não sairia mais. "Esperamos que tudo acabe rápido e ele se aloje em outro local. Mas pelo jeito isto vai virar uma novela", diz Mendes.

Sequestrador de Abílio Diniz é preso no Chile



A polícia chilena anunciou a captura de um ex-membro do Movimento de Esquerda Revolucionária (MIR) que foi condenado a 15 anos de prisão no Brasil pelo sequestro do empresário Abílio Diniz.


Héctor Collante foi preso na tarde de ontem (27), na cidade de Limache, situada na região de Valparaíso, que fica a cerca de 150 quilômetros a noroeste de Santiago, segundo informações da rádio Bio Bio.

Collante, que participou, ao lado de María Emilia Marchi, Pedro Fernández, Ulises Gallardo e Sergio Olivares, do sequestro em 1989, teve seu pedido para cumprir pena no Chile aceito em 1999, mesmo ano que conseguiu fugir.

Vende-se refrigerante de maconha


Um refrigerante de maconha, o "Canna Cola", estará nas lojas do Estado americano de Colorado em fevereiro. Cada garrafa custará entre US$ 10 e US$ 15 e terá entre 35 e 65 miligramas de THC (tetrahidrocanabinol), o principal ingrediente psicoativo do cannabis, o gênero botânico utilizado para produzir haxixe e maconha.

As informações foram publicadas na revista americana "Time".

São 15 os Estados americanos onde o uso da maconha para fins medicinais é legal. No entanto, as condições para sua legalidade mudam de um lugar para o outro, e maconha, independentemente do propósito, continua sendo ilegal pelas leis federais.

Há um projeto de lei no Congresso assinado pela senadora Dianne Feinstein, conhecido como "Brownie Law", aprovado pelo Senado no ano passado. A proposta é aumentar as penas para os que fazem produtos que misturem maconha com "algo doce".
O criador do "Canna Cola" é o empresário Clay Butler, que assegura que nunca fumou maconha e que elaborou a bebida por "acreditar que os adultos têm o direito de pensar, comer, fumar, ingerir ou vestir o que quiserem", disse em entrevista à publicação "Santa Cruz Sentinel".

Além do sabor de cola, serão lançados, ao mesmo tempo, o de limão chamado "Sour Diesel", o de uva de nome "Grape Ape", o de laranja "Orange Kush" e, por fim, o inspirado na popular bebida Dr. Pepper, o "Doc Weed".

De acordo com Scott Riddell, criador da empresa que comercializará a bebida, os níveis de THC em "Canna Cola" serão menores que os de outras bebidas do mesmo tipo que já estão no mercado. O efeito no organismo é similar ao de uma "cerveja suave”.

Sarney não descarta reeleição

CATIA SEABRA
ENVIADA A BRASÍLIA
(Folha.com)

O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), já telefonou para líderes partidários anunciando a decisão de concorrer a reeleição.

O líder do PT na Casa, Humberto Costa (PE), disse que Sarney terá respaldo da sigla.

Em novembro, o Palácio do Planalto já havia emitido orientação para que a bancada recém-eleita do PT apoiasse Sarney. A intenção era frear desde então qualquer clima beligerante com o PMDB.

Em 2009, a defesa de Sarney, abalado pelo caso dos atos secretos, provocou uma crise institucional no PT.

O senador Aloizio Mercadante (PT-SP) chegou a afirmar que se afastaria da liderança do PT no Senado em caráter "irrevogável". A pedido de Lula, contudo, acabou voltando atrás.

Mercadante defendia a reabertura de pelo menos um processo contra Sarney --o que trata da nomeação do namorado de uma neta feita por meio de ato secreto.

Para estancar a crise, senadores governistas costuraram acordo para livrar o presidente do Senado.

A eventual reeleição de Sarney --alternativa mais provável-- dará ao peemedebista sua quarta rodada na presidência do Senado.

Ele está em seu quinto mandato parlamentar. Em 1971, assumiu uma vaga no Senado, de onde saiu em 1985 para ser presidente. Após deixar a Presidência, Sarney voltou ao Senado, eleito e reeleito pelo PMDB do Amapá.

Procuradoria é contra licença de Belo Monte

FERNANDA ODILLA
DE BRASÍLIA

O Ministério Público Federal no Pará espera apenas ter acesso à integra da decisão do Ibama para pedir na Justiça o cancelamento da licença que permite o início do projeto de construção da usina hidrelétrica de Belo Monte, no rio Xingu (PA).

Na avaliação do procurador Ubiratan Cazetta, não há base legal para o modelo de "licença de instalação específica" concedida pelo Ibama na quarta-feira e que autoriza o início imediato do desmatamento para montar canteiros e acampamentos na região das barragens da usina.

"Por mim, propunha a ação contra o Ibama amanhã porque entendemos que não existe essa figura, no ordenamento jurídico brasileiro, de uma licença parcial apenas para instalação do canteiro. Mas ainda não tivemos acesso ao texto", disse o procurador. Para ele, a autorização para tirar o projeto do papel só deveria ser dada após o empreendedor cumprir todos os itens da lista de 40 condicionantes.

O Ibama informou ontem, em nota, que o documento autoriza a montagem da infraestrutura para a obra, que ainda passa por análise antes da concessão da licença definitiva, ainda sem prazo.

Até então, o mesmo artifício havia sido usado pela agência ambiental apenas para autorizar as obras da hidrelétrica de Jirau, em Rondônia.

A maior preocupação do MPF são com as condicionantes relacionadas aos impactos sociais na região. "A situação da saúde e da educação em Altamira já são caóticas e, antes mesmo do início da obra, um número enorme de pessoas já está se deslocando para a região. Não podemos negar que um canteiro de obras provoca impactos que podem ser irreversíveis", disse Cazetta.

USINA

A usina de Belo Monte será a terceira maior do mundo, com capacidade de 11.233 MW (megawatts), atrás da chinesa Três Gargantas, com 22,5 mil MW, e da binacional Itaipu, com 14 mil MW.

O custo é estimado em até R$ 30 bilhões pela iniciativa privada --o governo estima em R$ 25 bilhões.

A primeira unidade geradora da hidrelétrica de Belo Monte deverá entrar em operação comercial em fevereiro de 2015.

A Norte Energia venceu, em abril do ano passado, o leilão de geração promovido pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) para a construção, operação e manutenção da Usina de Belo Monte. A operação e manutenção do empreendimento será realizada pela Eletronorte.

ENTRAVE

O processo de licenciamento foi conturbado. Os empreendedores negociavam com a agência ambiental e o governo a flexibilização dos prazos de cumprimento de algumas das 40 condicionantes impostas pelo Ibama na Licença Prévia, concedida antes do leilão da usina.

A Norte Energia argumentava que parte das condicionantes (pré-requisito para a concessão da licença de instalação) poderia ser cumprida posteriormente, sem prejuízo da região. O Ibama não havia aceitado o argumento.

O choque pode ter sido uma das razões para a saída do presidente do Ibama, Abelardo Bayma. Ele alegou questões pessoais para deixar a presidência da agência ambiental.

No início do mês, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, afirmou que existem mais de 30 pendências ambientais emperrando projetos de energia no país. O principal deles, a construção da hidrelétrica de Belo Monte, poderia atrasar em um ano se a autorização do Ibama não saísse até fevereiro.

O Ministério Público Federal do Pará encaminhou ofício ao Ibama prometendo ações judiciais caso a licença de instalação seja dada com a flexibilização das condicionantes.

Para evitar atrasos, as obras da usina têm que começar antes do período chuvoso, que inicia em abril.

FINANCIAMENTO

Em dezembro, o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) aprovou empréstimo-ponte no valor de R$ 1,087 bilhão à Norte Energia para a implantação da usina hidrelétrica de Belo Monte.

"O empréstimo-ponte é um adiantamento de recursos a título de pagamento inicial das encomendas para a fabricação de máquinas e equipamentos necessários ao projeto, a fim de garantir o cumprimento do cronograma da obra, estabelecido pela Agência Nacional de Energia Elétrica", explicou à época, em nota.

Segundo o BNDES, o capital servirá para compra de materiais e de equipamentos nacionais, além do pagamento de serviços de engenharia e de estudos técnicos para a instalação da usina. O projeto faz parte do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).

O empréstimo chegou a ser questionado pelo Ministério Público Federal e ONGs tentaram barrar o financiamento.

Cortes na BBC podem fechar até 650 postos

A BBC anunciou nesta quarta-feira planos de fechar cinco dos seus 32 serviços de línguas, como parte dos cortes definidos pelo governo britânico para o Serviço Mundial da corporação.

Os serviços macedônio, albanês e sérvio, assim como serviços em inglês para o Caribe e em português para a África, serão fechados. O anúncio, aliado a outros cortes em outras áreas, visa economizar 46 milhões de libras (cerca de R$ 120 milhões) por ano.

Os cortes de vagas, ao longo dos próximos três anos, podem chegar a 650, de um total de 2.400 funcionários no Serviço Mundial da BBC.

A BBC Brasil continuará operando normalmente, mas nesse mesmo período terá seu orçamento reduzido em 10%. Esse corte será implementado de forma a causar o menor impacto possível na operação editorial da BBC Brasil.

Audiência

Estima-se que os cortes possam reduzir a audiência internacional da BBC em mais de 30 milhões de pessoas por semana. O diretor-geral da corporação, Mark Thompson, disse que este é "um dia doloroso" para a BBC.

O Serviço Mundial, que começou suas transmissões em 1932, tem um orçamento anual de 272 milhões de libras por ano (cerca de R$ 720 milhões). Considerando também o público do canal BBC World News, uma operação comercial, a audiência internacional do jornalismo da BBC é estimada atualmente em 241 milhões por semana ao redor do mundo - nas plataformas de rádio, TV e online.

Além do fechamento dos cinco serviços, em março serão encerradas as transmissões de rádio em ondas curtas de seis outros departamentos - hindi, indonésio, kirguize, nepalês, swahile e o serviço para a Região dos Grandes Lagos na África (que transmite para Ruanda e Burundi).

Programas de rádio em sete outras línguas - azeri (língua oficial do Azerbaijão), mandarim, rússia, espanhol para Cuba, turco, vietnamita e ucraniano - também serão fechados como parte do plano.

Com as mudanças, o Serviço Mundial passará a focar mais em serviços online, para celular e em conteúdo para distribuição por outras redes de TV nessas línguas. Dois terços das vagas serão cortadas no primeiro dos três anos em que a emissora precisa fazer os cortes.

Reação

Sindicatos de jornalistas na Grã-Bretanha chamaram as medidas de "ferozes" e condenaram o que classificaram de "cortes drásticos". Falando ao programa Today, da Rádio 4 da BBC, Jeremy Dear, secretário-geral da União Nacional de Jornalistas (NUJ, na sigla em inglês), afirmou que o Serviço Mundial é "vital" e "deve ser protegido".

O sindicato também escreveu ao presidente do Comitê de Relações Exteriores da Câmara dos Comuns, Richard Ottaway, e ao presidente do Comitê de Cultura, Mídia e Esportes, John Whittingdale, pedindo que eles revejam os planos.

O NUJ disse ainda que "cortes drásticos prejudicarão de forma severa os interesses nacionais da Grã-Bretanha".

"Esses cortes ferozes em um valioso serviço nacional são em última instância responsabilidade do governo de coalizão, cujas políticas estão destruindo a qualidade dos serviços públicos da Grã-Bretanha", disse Dear.

Em outubro do ano passado, o governo britânico anunciou que os custos do Serviço Mundial - pago hoje pelo Ministério do Exterior britânico - serão repassados para a própria BBC a partir de 2014. A BBC é financiada pela chamada licence fee, taxa paga por todos que possuem aparelhos de TV ou computadores na Grã-Bretanha.

De acordo com Thompson, os cortes no Serviço Mundial foram necessários para responder às economias anunciadas pelo governo britânico no ano passado, como parte de um plano de austeridade em resposta à crise econômica.

O diretor da BBC Global News, Peter Horrocks, disse que os fechamentos de cinco serviços de línguas "não refletem a performance individual de serviços ou programas".

"Eles são todos extremamente importantes para seus públicos e para a BBC", afirmou, ele, que acrescentou: "O fato é que simplesmente é necessário fazer economia, devido ao tamanho dos cortes no orçamento do Serviço Mundial".

"Precisamos focar nossos esforços nas línguas onde há mais necessidade e onde temos mais impacto."

O ex-diretor administrativo do Serviço Mundial John Tusa descreveu os cortes como "ruins". Falando ao programa Today, ele disse: "Eu acho terrível para os ouvintes do Serviço Mundial, porque eles não terão acesso aos programas, e é péssimo para a política externa britânica, porque eles estão enfraquecendo substancialmente um dos elementos mais importantes da diplomacia cultural internacional".

Nagib Mutran assume em Marabá

Presidente da Câmara de Vereadores, Nagib Mutran Neto (PMDB) assumiu interinamente a Prefeitura agora à tarde,
Confira detalhes no BLOG DO HIROSHI BOGÉA.

Após nomeação de premiê do Hizbollah, protestos tomam Líbano

Partidários de Hariri tomam as ruas de Beirute

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Centenas de manifestantes queimaram pneus e bloquearam estradas ao redor do Líbano nesta terça-feira depois que um político apoiado pelo Hizbollah foi nomeado primeiro-ministro.

A nomeação de Najib Mikati é percebida como uma vitória do Hizbollah, que tenta cancelar um tribunal criado em 2005 com o apoio da ONU (Organização das Nações Unidas) para processar os assassinos do estadista Rafik al Hariri. Acredita-se que o tribunal acuse formalmente integrantes do grupo xiita.

Os muçulmanos sunitas leais ao premiê que deixa o poder, Saad al Hariri --o filho de Rafik que tem o apoio do Ocidente e da Arábia Saudita--, protagonizaram um "dia de fúria" para protestar contra a indicação do bilionário sunita Mikati, parlamentar de centro com laços tanto na Arábia Saudita como na Síria.

A nova força política do Hizbollah também causa preocupação em Washington e em toda a região, especialmente em Israel, que em 2006 travou uma guerra de cinco semanas, em uma tentativa fracassada de destruir a capacidade militar do movimento, que tem o apoio do Irã.

Desde então, as autoridades israelenses ameaçam responder ao arsenal de foguetes do Hizbollah no Líbano, que cresceu com a ajuda da Síria e do Irã.

Mikati --magnata das telecomunicações que se auto-proclamou o candidato do consenso-- disse que iniciaria as conversações para a formação do governo na quinta-feira (27), e apelou a todas as facções libanesas para que superem suas diferenças. "Todos os líderes libaneses devem cooperar, juntos, para enfrentar os desafios atuais", disse ele, do palácio presidencial, depois de aceitar a nomeação do presidente Michel Suleiman.

"Eu reitero minha posição (...) de que minha mão está estendida para que todas as facções participem e encerrem as divisões pelo diálogo", acrescentou.

O Hizbollah e seus aliados abandonaram o governo de união de Hariri este mês, provocando a queda dele depois do fracasso de uma iniciativa síria e saudita em contornar um desacordo sobre o tribunal.

EUA E ISRAEL

A articulação representa um importante revés para Israel e os EUA, que veem o Hizbollah como organização terrorista e é uma grande vitória para o regime do Irã, principal patrocinador do grupo.

A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, afirmou nesta terça-feira que um governo do Hizbollah no Líbano teria "um impacto claro" sobre os laços do país com os Estados Unidos.

Os Estados Unidos e a Espanha compartilham "profunda preocupação" sobre a situação no país e a possível intervenção de forças estrangeiras, disse Hillary à imprensa, ao receber no Departamento de Estado a ministra espanhola de Assuntos Exteriores, Trinidad Jiménez.

Os Estados Unidos consideram o Hizbollah organização terrorista, e apontam, em particular, suas ligações com a Síria e o Irã.

O governo Obama concede uma ajuda econômica e militar ao Líbano. Questionado ontem sobre a possibilidade legal de dar prosseguimento a esta ajuda se o governo libanês for controlado por organização, o porta-voz do Departamento de Estado, Philip Crowley, respondeu que "seria difícil para os Estados Unidos".

Gertrude da Arábia

Gertrude Bell
Peça de teatro encenada em Roma conta a história de Gertrude Bell, a estudiosa inglesa considerada a cabeça fundadora do estado moderno do Iraque, na década de 1920.

Claudia M. Abreu
(Agência de Notícias Brasil-Árabe)

Roma, Itália – Escritora, orientalista, arqueóloga, funcionária de confiança do primeiro-ministro Winston Churchill no Oriente Médio, peça chave para a criação dos estados do Iraque, Síria e Jordânia no início do século passado, autora de livros até hoje estudados pelos Serviços de Inteligência dos Estados Unidos e da Inglaterra e defensora ferrenha da paz da região. Trata-se da inglesa Gertrude Bell, personagem que teve sua rica, mas desconhecida história encenada no Teatro Belli, em Roma, no espetáculo "La Regina Senza Corona" (A rainha sem coroa, em português), de Massimo Vincenzi.

A peça foi inspirada no livro "Desert Queen", da autora e também orientalista Janet Wallach, publicado pela primeira vez em 1999 e reeditado em 2006, para as comemorações de oitenta anos da morte de Gertrude Bell, que faleceu em 1926, em Bagdá. "É uma personagem fascinante e fundamental para a história do Oriente Médio. Seus escritos e livros, por exemplo, estão sendo estudados pelos militares americanos hoje", conta a atriz italiana Francesca Bianco, que interpreta Gertrude nos palcos romanos.

Gertrude nasceu na Inglaterra em 1868. Fazia parte de uma família de industriais do aço em ascensão no país, eram os novos nobres da Inglaterra daquele período. Com uma excelente educação, aos 18 anos entrou para a Universidade de Oxford, um ambiente de homens, e foi a primeira mulher na Inglaterra a se formar em História Moderna pela faculdade. No universo acadêmico, sofreu preconceitos, como mostra a peça na cena em que Gertrude lembra de quando o reitor da universidade disse, em discurso aberto aos recém-chegados, que as mulheres, apesar de inferiores, começavam a fazer parte da universidade. Mas Gertrude logo provou o contrário.

A paixão pelo Oriente Médio

Aos 22 anos, a jovem Gertrude começou suas viagens pela Europa. Foi para a Romênia, Alemanha e Turquia, onde foi hospedada por um tio diplomata. A paixão pelo Oriente Médio foi despertada após uma viagem à Pérsia, aos 24 anos. Por causa de um amor que não deu certo, Gertrude descobriu um mundo novo, que a seduziria mais do que qualquer outro homem, como mostra o espetáculo. Dos relatos de viagem, Gertrude escreveu “Persian Pictures” (reeditado em 2005 pela editora inglesa Anthem). Em 1899, se transferiu a Jerusalém para estudar o idioma árabe e arqueologia, e começou a traçar sua futura grande viagem pela Arábia, então dominada pelo Império Turco Otomano.

A viagem durou dois anos. Gertrude foi a regiões onde hoje estão Palestina, Israel, Iraque, Jordânia, Síria e Egito. Visitou toda a massa de povos do Oriente Médio e Norte da África. Nesse período, Gertrude estabeleceu laços diplomáticos importantes com xeques e nobres árabes. Sempre elegante, bem vestida, fluente em cinco línguas (inglês, alemão, italiano, turco e, por último, árabe), Gertrude se movia com facilidade pelo mundo árabe. O deserto e suas cores mágicas, seus sabores e o seu povo tão fiel e solar, como escreve sua biógrafa, cada vez mais a estimulavam e ela escreveu mais um best seller, "The Desert and the Sown" (reeditado em 2001 pela editora Cooper Square).

A aventureira

Na entrada do século 20, o mundo árabe vira sua pátria, seu trabalho e sua razão para viver. Em 1906, Gertrude faz mais uma longa viagem, desta vez à Indiana Jones, por regiões inexploradas, tribos isoladas, guerreiros do deserto. Faz imagens, desenha mapas, cruza fronteiras que somente anos depois existiriam, escreve e informa à Inglaterra sobre a situação na região, trabalha como espiã para os britânicos. Pelo caminho, no Egito, encontra o jovem Thomas E. Lawrence, o Lawrence da Arábia (eternizado pelo extraordinário filme de David Lean, de 1962), que aos 23 anos fica fascinado por uma Gertrude sábia, com ares de celebridade, respeitada no mundo árabe e na Europa. "Ela foi uma espécie de professora para Lawrence, chamava-o 'meu caro garoto'", diz Francesca.

Com interesses comuns pela região e temerosos de que a Alemanha, ajudada pela Turquia, dominasse todo o Oriente Médio durante a Primeira Guerra Mundial, onde jorrava o petróleo para a Inglaterra, Gertrude e Lawrence se aliaram. O objetivo era dialogar com os árabes e convencê-los a se unirem contra o domínio turco. Coube a Gertrude falar com os seus muitos amigos nobres, com as famílias capazes de governar os países que a inglesa pensava em criar, entre eles o Iraque. Foi num documento de Gertrude à Inteligência Inglesa que surgem, pela primeira vez, os nomes de Hussein Ibn Ali (líder da Revolta Árabe e pai dos futuros reis do Iraque, Faisal, e da Jordânia, Abdullah) e Abdul Aziz Al Saud (ou Ibn Saud, que se tornou o primeiro rei da Arábia Saudita entre 1932 e 1953), como potenciais lideranças na região.

Arquiteta do Oriente Médio

Os anos seguintes foram intensos para Gertrude. Com a Primeira Guerra em curso e a Revolta Árabe tomando forma, ela é a arquiteta inglesa no Oriente Médio. E faz jus ao cargo, propondo a criação do estado iraquiano. Mas o projeto foi rejeitado. Na época, pensava-se na Grande Síria, sob o comando do rei Faisal. Somente alguns anos depois, em 1921, é que a proposta foi aceita e Gertrude nomeada secretária Oriental no país recém-criado. Nascem também as fronteiras da Síria e a chamada Transjordânia (hoje Jordânia e Cisjordânia). É o fim do domínio turco otomano e do perigo alemão.

A tarefa de Gertrude com a Inglaterra parecia ter chegado ao fim e a inglesa então decidiu ficar em Bagdá para ajudar a construir o país, influenciando diretamente o rei Faisal a criar uma monarquia constitucional, o que levou o Iraque a ser a primeira nação árabe na Liga das Nações, em 1932. Com o respeito do monarca, a inglesa criou o Museu de Bagdá e se dedicou à arqueologia. Mas os tempos de paz pareciam nunca chegar e os últimos anos de Gertrude em terras árabes foram, segundo sua biógrafa, infelizes. A heroína se isolou.

Pátria árabe

Por conta de seu amor ao mundo árabe e a sua incansável luta pela paz na região, acabou rompendo com o governo inglês quando o Iraque clamou por sua independência (que acabou conquistando em 1932) e a Inglaterra ameaçou com outra guerra. “Gertrude sonhava e pregava a paz, o diálogo, acreditava que, com armas, não se poderia impor a liberdade”, diz Francesca Bianco. O mesmo sonho da segunda personagem da peça, também interpretada por Francesca, mas uma marine norte-americana em plena guerra do Iraque, em 2003.

Em 1926, às vésperas de completar 58 anos, em Bagdá, com uma dose extra de soníferos, Gertrude Bell, a fundadora do Iraque, faleceu. Deixou toda a sua herança – cerca de 50 mil libras esterlinas, um grande valor na época - para o museu que criou no país árabe. Foi enterrada no cemitério inglês em Bagdá. "Em 2003, seu museu e o cemitério onde foi enterrada desapareciam da história, queimados pelos bombardeios dos americanos, com o apoio dos ingleses", conta Francesca.

Nova greve no Socorrão

Treze dos quinze médicos da Climédica, empresa de saúde que presta serviço ao Socorrão, resolveram parar suas atividades como protesto pelo aumento de seus salários, informa o blog NOTÍCIA DA FOTO.

“Para fazer o atendimento dos pacientes que começaram a chegar depois das 19h (de segunda), os médicos Walison e Cloves, que são diretor e vice do Hospital, tiveram que ficar de plantão, o prefeito Madeira e a secretária de Saúde, Conceição Madeira, foram ao Hospital para ver a real situação”, destaca o blog.

Os médicos reivindicam aumento de 20%.

Destaques do blog Jornalismo nas Américas

Jornalistas da América Latina usam plataforma digital do Centro Knight em reportagem coletiva sobre meio ambiente

Helicóptero da Globo é atingido por tiros durante operação policial no Rio

Diretor de jornal sofre atentado a bomba no litoral do Paraná 

Roubo de identidade é o mais novo tipo de ataque a jornalistas no México

Ex-ditador Baby Doc enfrenta acusações de jornalista e imprensa agressiva no Haiti

Depois de ataque em Tucson, jornalistas americanos evitam clichês violentos

Multidão agride equipe de TV no México

Repórter é agredida com soco por funcionários municipais na Bolívia

Possibilidades e desafios das mídias sociais no jornalismo

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Quadrilha assaltava bancos e roubava cargas

Uma quadrilha especializada em roubo de cargas e assaltos a agências bancárias e a Correios no interior do Maranhão foi apresentada pela Secretaria de Segurança Pública (SSP), no fim da tarde desta segunda-feira, (24), no prédio do órgão. Os ladrões foram detidos em Barra do Corda, na madrugada do sábado (22), em uma barreira montada pela Polícia Militar para interceptá-los.

Os integrantes do bando preso são: Jeovah Barbosa Lira, 43 anos, que responde por homicídio em Porto Franco e assalto a cargas; Raimundo Ferreira Barros, o “Neto de Davinópolis", 45 anos, preso várias vezes por assalto a bancos e cargas no Maranhão e no Pará; Sebastião Fernandes de Oliveira, 35 anos conhecido como “Teó”, que responde pelo crime de assalto a uma joalheria no estado do Piauí; e Daniel Coelho Pinto, de 45 anos.

De acordo com o secretário adjunto de Inteligência e Assuntos Estratégicos, Laércio Costa, existe a possibilidade de haver outros envolvidos no bando. “As investigações vão continuar intensificadas em todo o estado. Serão armadas barreiras policiais nos trechos de maiores incidências criminais das rodovias”, enfatizou.

A prisão foi possível graças ao trabalho unificado dos Serviços de Inteligência da Secretaria de Segurança e das Polícias Civil e Militar. “Com esse envolvimento direto entre os órgãos, estamos cada vez mais proporcionando resultados positivos à população”, assinalou o delegado geral Nordman Ribeiro.

Prisão - Na madrugada do último sábado, (22), as polícias Militar e Civil começaram a monitorar o grupo, após informações da Secretaria Adjunta de Inteligência da SSP, que informou sobre o roubo de uma carga de cigarros, ocorrida na noite da sexta-feira (21), por volta das 19h.

As informações davam conta de que o bando estava num caminhão MB Toco “bicudo”,”de cor branca, placa vermelha de Goiás em frente ao Hotel Brasil. O delito foi cometido por dois homens em um veículo Corsa Hatch, placa HPS 0211, cor verde ou chumbo escuro, que dava cobertura aos bandidos. Segundo informações, teriam participado do assalto Jeovah e Raifran, filho de Raimundo Barros, em conjunto com outros comparsas.

O produto do roubo seria levado para uma fazenda pertencente a Raimundo Ferreira Barros, conhecido como “Neto de Davinópolis”” e apontado como um dos líderes do bando. A carga com 45 caixas de cigarros foi recuperada. Todo o material estava num fundo falso do caminhão carregado de peixe.

Na fazenda, os policiais encontraram parte de uma carga de cigarros, fumos Trevo, isqueiros, entre outros materiais, que tinham sido roubados em outro delito. Foram encontrados ainda, de posse do bando, duas escopetas calibre 12, duas pistolas 380, dois revólveres calibre 38, uma pistola 9mm, 2 coletes balísticos, 2 fuzis, espingardas e 104 munições de vários calibres.

O superintendente da Polícia Civil, Jair Lima de Paiva, acrescentou que as buscas seguirão no intuito de capturar possíveis envolvidos que estejam foragidos e toda a rede de receptadores bem como levantar a participação destes em outros assaltos no interior do Maranhão e também em outros estados.

Google faz homenagem a Tom Jobim


Usuários que acessam a versão brasileira do Google se deparam com uma homenagem ao compositor brasileiro Tom Jobim, que completaria 84 anos de vida. A empresa tem por tradição mudar o logotipo de sua página inicial para homenagear datas ou artistas importantes.

No doodle, – imagem que substitui temporariamente o logo do Google durante a homenagem – constam imagens que fazem relação à carreira do cantor e compositor brasileiro. Há uma praia com o Corcovado ao fundo e um piano com um chapéu e um óculos sobre ele.

Carioca, Antônio Carlos Jobim faleceu em 1994 nos Estados Unidos. Ficou conhecido mundialmente com a música “Garota de Ipanema”, composta com o poeta Vinícius de Moraes, entre outros sucessos. A canção chegou até a ser gravada pelo cantor americano Frank Sinatra.

Candidato do Hizbollah vence eleição e pode assumir governo do Líbano

O magnata das telecomunicações Najib Mikati, candidato a primeiro-ministro apoiado pelo movimento político e milícia xiita Hizbollah, ganhou a maioria dos votos dos parlamentares no Líbano e pode controlar o novo governo do país.

No final da votação desta terça-feira, segundo a agência de notícias Associated Press, Mikati obteve 68 votos contra 60 do atual primeiro-ministro Saad Hariri, cujo governo de união foi derrubado por uma renúncia em massa de dez ministros do Hizbollah e um aliado há 13 dias.

Com a maioria dos votos, Mikati deve receber convite do presidente Michel Suleiman para formar um novo governo de unidade.

Milhares de sunitas foram às ruas do Líbano, agitando bandeiras e queimando pneus, durante um "dia de fúria" contra a ação do Hizbollah para assumir o controle do governo.

A coalizão política liderada pelo Hizbollah, 8 de Março, já anunciara nesta segunda-feira que obteve apoio suficiente para indicar o novo premiê do Líbano e que o escolhido seria o pouco expressivo Mikati, que até ontem era visto como uma figura neutra na conturbada política local.

A maioria de 65 cadeiras no Parlamento libanês, que tem 128 assentos, foi obtida após o anúncio de apoio do líder druso Walid Jumblatt, cujo bloco tem seis assentos.

A articulação representa importante revés para Israel e os EUA, que veem o Hizbollah como organização terrorista e é uma grande vitória para o regime do Irã, principal patrocinador do grupo.

O Hizbollah, misto de partido e milícia xiita cujo poder de fogo é considerado maior do que o das próprias Forças Armadas do Líbano, consolida a posição de principal força política do país.

Hariri já disse que rejeita integrar gabinete dominado pelo Hizbollah. E seus aliados acusaram o grupo de promover um golpe que tornará o Líbano um protetorado iraniano.

Os EUA disseram que a ajuda prestada ao Líbano pode ser prejudicada com o Hizbollah no poder. E no fim de semana Israel --que travou uma guerra com o grupo em 2006-- alertara para um "governo iraniano" no vizinho.

NOVO PREMIÊ

Formado em Harvard, Mikati tem fortuna estimada em US$ 2,5 bilhões e foi premiê por curto período em 2005, depois de a morte do ex-premiê Rafik Hariri levar à saída da Síria.

Ele é sunita, como determina a política libanesa. O sistema libanês divide o poder entre cristãos, sunitas, xiitas e comunidades drusas --o que leva a rivalidades sem fim e um governo sempre baseado em acordos políticos.

Além da proximidade com o Hizbollah, Mikati tem boas relações com Saad Hariri.

A sua escolha para premiê pelo Hizbollah, que poderia ter indicado um nome ainda mais alinhado ao grupo xiita, obriga Hariri ao constrangimento de recusar um ex-aliado e ainda arcar com o ônus de refutar a oferta de participação em governo de união.

Analistas esperam que uma das primeiras medidas do novo governo seja o rompimento com o tribunal que investiga o atentado que matou o ex-premiê Rafik Hariri, pai de Saad, há seis anos.

A resistência de Saad Hariri em fazê-lo foi o que precipitou a saída do Hizbollah do governo, no último dia 12. O líder do Hizbollah, Sayyed Hassan Nasrallah, disse esperar que membros do grupo estejam na lista de acusados de envolvimento.

O Hizbollah nega qualquer participação no atentado de 2005, que matou Rafik Al Hariri e outras 22 pessoas. O grupo denunciou o tribunal como um projeto de Israel --com quem travou uma guerra em 2006-- e pediu a Saad Al Hariri que rejeite suas conclusões --uma exigência a qual ele tem resistido.

Anulada eleição para a reitoria da Uema


SÃO LUÍS – Foi anulada, pelo Tribunal de Justiça do Maranhão (TJMA), a eleição para a formação da lista tríplice para a escolha do reitor da Universidade Estadual do Maranhão (Uema), realizada em 2010. A decisão foi do desembargador Raimundo Melo. Ele deferiu, liminarmente, um mandado de segurança que questiona a possibilidade do atual reitor, José Augusto Silva Oliveira, de concorrer ao cargo, visto que ele já ocupou, seguidamente, duas vezes o cargo.

Na decisão, Raimundo Melo defere o pedido, com base nos dois mandados anteriores exercidos pelo atual reitor. Para o desembargador, por José Augusto Oliveira ter assumido os dois mandatos autorizados pela lei, ele fica impedido de se candidatar a uma reeleição, de acordo com a legislação da Uema.

“Com o fim do segundo mandato, o atual reitor tornou-se impedido de concorrer às ditas eleições. O fato de ele ter participado e ter sido escolhido para o cargo, tornou-a nula, pelo que, deve ser reconhecido e assegurado”, declarou o magistrado.

Desta forma, fica anulado o termo de nomeação do reitor José Augusto Oliveira e do vice-reitor, Gustavo Pereira da Costa. Raimundo Melo determina, ainda, a nomeação de um reitor interino e, no prazo de 45 dias, a realização de uma nova eleição da mesa-diretora da Uema.

Como se trata de uma liminar, ainda cabe recurso às partes. A decisão, porém, deve ser cumprida em 48 horas.

O Imirante tentou contato com a Assessoria de Comunicação da Uema, mas não teve retorno até o momento.
(imirante.com)

Imperatriz: Pré-candidatos bolsonaristas colam em Lula

Bastou vazar uma sondagem técnica de que o governo do presidente Lula e a atuação do próprio presidente são bem avaliados pelo imperatrzense...