ONG ligada ao PC do B cobra taxa de prefeituras por programa do Governo

Do UOL Esporte

A ONG Bola Pra Frente, comandada pela ex-jogadora de basquete e vereadora de Jagariúna pelo PC do B, Karina Rodrigues, cobra taxa de prefeituras do interior para implantar um programa do Governo Federal. A denúncia foi feita pelo jornal O Estado de S. Paulo, que aponta um aparelhamento do Segundo Tempo, projeto do Ministério do Esporte, pelo partido comunista.

A Bola Pra Frente é a entidade conveniada que mais recebe da pasta comandada por Orlando Silva Jr., filiado ao PC do B, para implantar o Segundo Tempo. Atualmente, a ONG de Karina tem um contrato de R$ 13 milhões, mas já receber R$ 28 milhões até hoje para levar o projeto de inclusão social às cidades.

Segundo O Estado de S. Paulo, a parceria entre o Bola Pra Frente e o Ministério do Esporte não prevê o pagamento de taxas por parte das prefeituras. A ONG, no entanto, reclama que a verba repassada pelo Governo Federal não é suficiente para pagar todas as despesas dos funcionários das unidades do programa e, por isso, cobra cerca de R$ 15 por aluno inscrito no Segundo Tempo.

A prefeitura de Cordeirópolis, no interior de São Paulo, chegou a pagar R$ 90 mil à ONG em 2010 para manter o projeto. Incomodado com a taxa, o prefeito local enviou um ofício ao Ministério do Esporte pedindo uma parceria direta com a pasta, para que as unidades do Segundo Tempo na cidade não fossem descontinuadas por conta do rompimento com a Bola Pra Frente. O ministério ainda não respondeu a solicitação.

Karina admite a cobrança da taxa ao ser questionada sobre o que acontece quando o prefeito local não paga a taxa à ONG. “Eu não tenho como implantar o projeto na cidade dele. O Segundo Tempo não paga FGTS do funcionário, seguro de vida, contadores. Hoje temos uma guia de INSS de R$ 148 mil por mês. O ministério só paga o salário do professor”, defende-se a vereadora do PC do B.

Esta não é a primeira denúncia a respeito do programa Segundo Tempo. No último domingo, o mesmo O Estado de S. Paulo apontou um suposto aparelhamento do projeto por ONG’s ligadas ao PC do B. Segundo o jornal, R$ 30 milhões foram investidos nessas entidades, que foram utilizadas politicamente nas últimas eleições, apesar de apresentar condições de uso e resultados questionáveis.

O Ministério do Esporte rebateu a reportagem. Em nota oficial, a pasta disse que a matéria “foge à prática do bom jornalismo e da investigação amparada em fatos”. Segundo o ministério, estão vigentes 251 convênios, sendo 215 em parceria com entes públicos (prefeituras ou governos estaduais). Com isso, apenas 36 poderiam estar ligados ao PC do B, como afirmou o jornal.

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