Aos pinóquios de plantão

Pagot desmente as versões sobre a duplicação da BR-010 em Imperatriz

Diretor do Dnit: BR-010 em Imperatriz não tem licitação, nem está no Orçamento. A farsa caiu. Resta agora aos assessores, aos aspones, aos pilares da mentira, trazerem suas explicações a público.


O diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Luiz Antônio Pagot, admitiu na terça-feira (12) que o órgão cometeu muitos erros, mas tem mais acertos do que falhas nos 1.156 contratos de obras rodoviárias sob sua responsabilidade. Ao depor por mais de cinco horas no Senado, ele disse que, numa demonstração de reconhecimento dos "graves problemas" nas licitações, buscou respaldo para suas ações nos órgãos de controle, como o Tribunal de Contas da União (TCU) e a Controladoria Geral da União (CGU).


Ao ser questionado pelo senador Aluísio Nunes Ferreira (PSDB/SP) sobre várias obras do Dnit, Pagot falou sobre o trecho urbano da BR-010 em Imperatriz:


“Também o senhor perguntou sobre a BR-010, lá no Maranhão. A BR-010, a única determinação que recebemos foi de fazer o PROJETO da travessia urbana de Imperatriz. Ponto. Não tem autorização para licitação, não tem recursos em orçamento, e essa obra NÃO ESTÁ contemplada para execuções de obras no Dnit”.


A declaração de Pagot joga um balde de água fria no projeto e desmente várias versões de políticos nos últimos quatro anos, especialmente durante o período da campanha eleitoral de 2010.


Em junho de 2010, no seu site, o deputado federal Davi Alves Silva Júnior comemorava “a revitalização da BR-010” que “vai sair do pape”. O deputado dizia que “conseguiu, junto ao Ministério dos Transportes, a liberação de mais de 150 milhões de reais para as obras de duplicação e adequação da capacidade de segurança da BR-010”.


O agora deputado Chiquinho Escórcio é outro que apregoava aos quatro cantos que a obra seria executada.


Até o presidente do Senado, José Sarney, tentou tirar uma lasquinha do “projeto”. Encaminhou documento ao então ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, em que justifica a liberação dos recursos: “Trata-se de um trecho de 12,8 km, de travessia urbana da cidade de Imperatriz, cuja duplicação e demais serviços de engenharia faz-se imperioso para atender ao intenso movimento, em especial de veículos pesados que trafegam pela Belém-Brasília”.


Mas tudo isso era uma cortina de fumaça, factóides, enganação mesmo. Todos eles sabiam que havia apenas o projeto, que não tinha licitação, nem recursos em orçamento, nada. Só o projeto não interessa. Pode ficar lá no Dnit engavetado por décadas.


Enquanto isso, em Tocantins as obras estão aceleradas em dois trechos urbanos às margens da Belém-Brasília: Guaraí e Colinas.

Um comentário:

  1. Fico feliz que esse projeto não tenha dado certo. Não gostaria de ver cortadas todas aquelas árvores que plantamos com muita luta. Lembro, na época eu era presidente do Sindijori,capitaneados pela Associação comercial, Rotary e outras entidades plantamos várias vezes e as pessoas carregavam as mudas. Pra mim tá bom demais do jito que tá, só precisa melhorar um pouco, fazer alças...etc.

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