Na política, renovar é preciso

Os movimentos de contestação popular liderados pelos jovens que varrem o Brasil, são sim, descontados os excessos de bagunceiros, exemplos de amadurecimento democrático e busca de novas vias para renovação dos quadros políticos e ideológicos do País.

As eleições de 2014 devem consolidar essa tendência, varrendo velhos modelos, táticas e jogos caducos, que esgotaram seu conceito tanto no plano administrativo como no político, um e outro entrelaçados cujas consequências estão aí aos olhos e indignação de todos.

No Maranhão, a disputa ao governo do estado vai polarizar duas correntes. De um lado, o velho modelo de aparelhamento do Estado comandado pela família Sarney ao longo de quatro décadas, com suas práticas do tempo do Estado Novo. De outro, o campo da oposição, renovado, aguerrido, arejado também de retóricas esquerdistas da era dos períodos obscurantistas dos golpes e governos antidemocráticos. É a guerra da cabeça, de qual decisão sairá a renovação para as bases na eleição de 2016.

O plano local é o que interessa para nós, que vivemos e construimos a cidade, que somos a cidade.

Veja o exemplo de como poderíamos estar ainda mais adiante neste processo. Com uma renovação que poderia ter sido mais profunda, jovens políticos emergiram nos últimos dois pleitos municipais, notadamente, claro, na Câmara de Vereadores - a despeito da ressurreição de velhos dinossauros. Entretanto...

O prefeito Madeira vai fechar um ciclo de oito anos sem preparar um sucessor que lhe possa garantir tranquilidade na eleição. Do grupo de partidos de sua mesa, uns e outros nomes aparecem, sem no entanto empolgar o chefe. E da aldeia dos adversários, as opções tradicionais, apesar de fortes, parecem não mais empolgar tanto o eleitorado. É aí que o bicho pega.

Nos últimos dias a discussão e as análises saltaram das rodinhas para perspectivas mais realistas.

Renovar sim, mas não só com nomes. Uma continuidade de um modelo que já se torna cansado e comprometido, que dê lugar a pupilos entupidos até a medula de compromissos eleitoreiros ou simplesmente para garantir cargos e mais cargos que estão aí ocupados, não interessa.

Imperatriz não quer só asfalto e tapa-buracos - obrigação rotineira de uma administração - mas planejamento que lhe ofereça condições claras de desenvolvimento, diferente de crescimento. Atingimos um grau de consciência e exigência, que buscamos qualidade de vida. Esse é o ponto. Como viver em um inferno, enquanto gritam que os números nos são favoráveis? Quem vive a cidade, sabe e conhece a realidade das ruas.

Renovar em 2014 e em 2016. É o que queremos ou vamos fechar os olhos para as oportunidades?

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