FLÁVIO DINO SE INSPIRA NOS ‘GIGANTES’ PARA DERROTAR OLIGARQUIA

Candidato da oposição, Flávio segue a linhagem de grandes oposicionistas do MA 

Carlos Gaby

Com um discurso recheado de referências históricas, lembrando “os grandes, os gigantes” da luta democrática em seu Estado, um ex-juiz federal e ex-deputado federal de 46 anos, advogado e professor universitário, firmou-se como o novo comandante da oposição local na batalha eleitoral de três meses para derrotar a mais antiga oligarquia do Brasil ainda no poder.

Homologado em uma convenção que reuniu 10 mil militantes e simpatizantes, no último domingo 29 de junho, em São Luís, capital de sua terra natal, Flávio Dino de Castro e Costa sentiu vibrar a força de sua liderança, consolidada com uma biografia que inclui as primeiras lutas no movimento estudantil, a militância na universidade, a busca obsessiva pela justiça equilibrada na Magistratura e o engajamento ideológico mas moderado no Parlamento, em cuja arena de estrelas veteranas da política brasileira destacou-se entre os melhores no plenário e no debate das questões maiores que sempre pautam a vida nacional.    

Apoiado por uma coligação de nove partidos, é o líder nas pesquisas com larga vantagem sobre o principal concorrente, Edison Lobão Filho, o Edinho, um suplente da cadeira do próprio pai (ora ministro das Minas e Energia), com assento no Senado, sem nunca ter sido votado nas urnas.  Na última sondagem divulgada por um instituto de pesquisa do Maranhão, aparece com 58,2% das intenções de voto e mantém média de 30 pontos percentuais sobre o adversário, o que o credencia a liquidar o pleito ainda no primeiro turno.

Dino é do PCdoB e tem o apoio de PDT, PSDB, PSB, PPS, PP, PTC, PROS e Solidariedade e da militância do Partido dos Trabalhadores.
Casado, dois filhos (o mais velho falecido suspeita-se em razão de negligência médica), com sua formação cristã-católica e seu sonho ecumênico acredita na redenção da família com a justiça social, na diminuição das desigualdades com agressivos programas sociais básicos de educação, saúde, capacitação técnica dos trabalhadores, descentralização do ensino universitário, produção no campo e política de incentivo e legalidade ao empreendedorismo.  

Quer acabar com a corrupção no serviço público, o tráfico de influência e a serrar os sustentáculos da oligarquia nas pequenas cidades, onde maioria da população não tem água tratada e banheiro em casa.

“Serei governador de todas as famílias do Maranhão”, disse na convenção, mais que uma frase de seu vocabulário político e sua convicção pessoal, um compromisso com o fim do coronelismo implantado tem quase cinquenta anos pelo fantoche de caudilho José Sarney, um político à moda antiga que canalizou as oportunidades que seriam para livrar seu estado do atraso e da miséria para acumular riqueza e poder, proteger aliados e ungir os filhos como herdeiros de ‘sua pequena capitania hereditária’.

“Nenhum império dura para sempre. Iremos proclamar a República no Maranhão e acabar com o coronelismo”, prometeu.

Filho de um ex-preso político, Sálvio Dino, advogado, ex-deputado e ex-prefeito, Flávio Dino cultiva seu respeito aos ícones que apreendeu a admirar desde criança. No discurso emocionado, lembrou alguns deles: Neiva Moreira, Augusto Mochel, Maria Aragão e o ex-governador Jackson Lago, sacado do poder com menos de dois anos de mandato por um golpe jurídico e político pela mesma família que agora tenta derrotar pela segunda vez.

“Nunca vou decepcionar vocês. Nunca!”, comprometeu-se com aliados e com a gente do Maranhão.

Flávio Dino, que há dois anos percorre o estado ouvindo as pessoas, sabe o que quer e aonde vai chegar. É questão de tempo. Para ele, seus apoiadores e até agora a maioria dos eleitores do Maranhão.


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