Ele nasceu pobre, em uma cidade em explosão. Quando criança,
como milhares e milhares de outra de seu país em sua época e em épocas de seus
pais e avós, trabalhou duro nas ruas para ajudar no sustento da família. Com
seis anos, começou engraxando sapato na rodoviária, depois foi vendedor de
picolé, de geladinho, pirulito, tomate e laranja; catador de latinha, de osso,
de ferro, cobre e alumínio.
Na adolescência, foi entregador de pizza na melhor cantina de
Imperatriz, depois virou pizzaiolo – uma ‘evolução no currículo’ do esforçado e
persistente sonhador, e o começo da virada.
Adelino Oliveira Guimarães nasceu no Gama, cidade-satélite de
Brasília, a capital da República, em 1970, em plena Ditadura Militar.
Sua família é umas das primeiras da Imperatriz antiga. Seus
pais moraram no começo da rua Coronel Manoel Bandeira, ‘rua de areião’. A mãe,
Maria do Carmo, falecida, cuidava da casa e vendia chá de burro. O pai, Lino
Sousa, hoje aposentado aos 84 anos, foi sapateiro e pedreiro.
Os avós paternos, Antonio Tomás Guimarães, sapateiro, e
Matilde Guimarães, doméstica. Seus tios Pedro Guimarães e Lalia foram pioneiros no aluguel de bicicletas na cidade.
Aos 16 anos, decidiu morar na cidade dos avós e dos pais. Na
Cantina Don Vito foi entregador de pizza e logo aprendeu a arte do pizzaiolo.
Aos 18, optou pela vida militar. Ingressou no Exército. Aos
20, fez concurso da Polícia Militar do Maranhão. Em 1994, através de concurso,
virou sargento da corporação. Ajudou a fundar a Associação dos Cabos e Soldados
da PM e do Corpo de Bombeiros (Imperatriz, Açailândia e região).
Formou-se em direito na Facimp em março de 2007 e um ano
depois foi aprovado no exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Concluiu a
pós-graduação em Direito e Processo do Trabalho em 2013, na Universidade
Anhanguera.
O trabalho na PM, no policiamento preventivo e ostensivo,
aproximou o Sargento Adelino da realidade de abandono de um povo massacrado
pela injustiça social, tão perto da realidade que viu nas ruas quando criança.
Lista como as principais “carências” das comunidades pobres de Imperatriz a
falta de água potável, de esgoto, de saneamento básico, de moradia, de
educação, de saúde e segurança.
‘É difícil, mesmo neste trabalho duro de policial militar,
que é o nosso, ficar alheio ao abandono e ao sofrimento dos mais pobres”,
testemunha. “Pra mim, que sempre tive essa inquietude social, essa sede de
justiça e essa vontade de ajudar os que mais precisam, é difícil não se
indignar, não sofrer também com essa dura realidade”.
“A maneira que encontrei foi a política, pois acredito na
verdadeira política como ferramenta de transformação social, de realização dos
sonhos das pessoas, de solidariedade e de justiça”, argumenta.
Sargento Adelino é candidato a deputado estadual pelo
Solidariedade e apoia Flávio Dino ao governo do Maranhão.
“Quero ajudar o meu povo a mudar a história do nosso
Maranhão. Quero chegar à Assembleia Legislativa e colaborar, na prática, com
projetos que promovam melhor distribuição de renda e qualidade de vida para as
pessoas mais humildes, a diminuição das desigualdades, a paz e a justiça
social”, finaliza.
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