Filha de prefeito assassinado diz que sociedade "não engole porcarias" dos vereadores

Familiares de Renato Moreira assistem à sessão que cassou título de cidadania de Damião Benício
Célia Denise, filha de Renato Moreira, escreveu no Facebook que a sessão da Câmara de Vereadores que suspendeu a concessão do título de cidadania a Damião Benício dos Santos foi "um circo montado".

Damião é réu no processo que acusa executor, contratantes e o consórcio criminoso que patrocinou a execução do ex-prefeito de Imperatriz, no dia 6 de outubro de 1993. Renato foi morto por um pistoleiro no começo da manhã daquele dia dentro do mercado municipal Bom Jesus, a poucos metros de sua residência. 

O caso é uma mancha no Judiciário brasileiro e se arrasta tem 21 anos, atropelado por recursos e apelações.  

Semana passada, por 8 votos a favor e 6 contra, a Câmara aprovou a concessão do título de cidadania imperatrizense a Damião Benício. Imediatamente, uma onda de protestos e críticas inundou as redes sociais e a imprensa repercutiu fortemente as declarações de reprovação de vários segmentos da sociedade. Familiares de Renato (filho de uma das mais antigas e tradicionais famílias de Imperatriz) usaram a internet para denunciar a manobra.

Na sessão de ontem (terça, 21), filhos e netos do prefeito assassinado foram à Câmara para um protesto silencioso, sentados na primeira fila de uma das alas da galeria. Com a cobertura maciça da imprensa, a Câmara recuou e cassou a outorga. 

Célia Denise desabafa em sua página no Facebook: " VOTOS FUTUROS -
Foi o q vi qdo vereadores pediram desculpas a família e a sociedade;
Vi vereadores se jogando confetes. E procupados com os votos futuros.
Vi vereador falar q não "pq pedir desculpas a família e sim a sociedade".
Vi vereador ofendido pq seu nome foi emporcalhado nas redes sociais.
Vi vereador criticar colegas pq pediram desculpas a família.
O Q VI FOI UM CIRCO MONTADO. Mas mesmo assim eu e minha família agradecemos o apoio da sociedade que nos apoiou e mostrou q não engole as porcarias feitas por esses representantes q se encontram na Câmara de Vereadores".

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A 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Maranhão (TJMA) anunciou, em 2011, o júri popular de Damião Benício dos Santos e Ronaldo Machado Arantes.

Segundo a ação penal, Geraldo Hipólito da Silva, também, denunciado à época, teria dito que Damião Benício, Ronaldo Machado e outro denunciado teriam planejado a execução do crime em várias reuniões realizadas no interior de sua empresa. O terceiro acusado não teve seu nome incluído no júri popular por falta de indícios de sua participação no crime.

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